Quando te vi gostei logo de ti, criança perdida no meio do desconhecido. Aproximei-me sem medo e sentei-me ao teu lado num mundo de vivências que detemos e que passam por mim como projecções de slides. Ai que saudades deste tempo que me deixou, que saudades desses momentos que nos permitiram uma construção de tanto e uma exploração tão grande da ausência de questões metafísicas. Limpaste tantas vezes a água salgada derramada no meu rosto e agora construímos um oceano mesmo aqui ao lado porque ignorávamos a possibilidade desseoceano nos separar no espaço físico. Quebraste a barreira entre mim e o mundo e riste comigo, entraste na minha vida e nunca mais sairás. Confiaste em mim, ajudaste-me a ultrapassar obstáculos e agora? Choramos num abraço que se perde como se nunca tivesse passado de sonho porque já não o sinto como sentia. Agora sou só eu em standby. Vem de novo, carrega no botão e faz-me continuar, preciso de sentir a vida a correr-me nas veias, nas artérias, no coração e no estômago mas as mão continuam frias sem que lhes consigas tocar. Protege-me do mundo, vem devagarinho e traz contigo esse carinho, esse sorriso que teima em me deixar. Dá-me a mão e vamos brincar, a criança agora sou eu, olho em redor e penso que te perdi quando afinal estiveste sempre ali. A ti, aos momentos e ao facto de me permitires ser eu plenamente. (Cláudia Silva)
Tixinha
Que Lindo <3 a vossa Amizade é verdadeira*
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