"O bater das asas de uma borboleta em Pequim pode provocar uma tempestade em Washington (ou impedir a sua formação)".
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Escrever
Vem bater na minha janela
Tixinha
domingo, 28 de agosto de 2011
Viagem final
sábado, 27 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Tu sabes...
tixinha
Tenho a certeza que quando leres saberás que é para ti
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Borboleta
tixinha
Amizade
Mar
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Divagação
Ouço o relógio, tic tac, tic tac. Desligo o botão e o tempo continua tic tac, agito-me na incerteza de ter parado de sentir. Olho à volta e os relógios continuam num compasso elegante tic tac tic tac, ignorando a agitação do meu corpo que se move sem sentido. Preciso de parar o tempo neste momento. Os instantes sucedem-se ignorando o meu desejo. Música, volume no máximo, tic tac tic tac tic tac... volume mais alto mais alto mais alto, tic tac. Nada fará parar este tempo, molho o tempo, o peso debaixo de água pesará menos ou vencerá com mais facilidade a força gravítica. Pego no tempo e mergulho-o num rio qualquer, bem fundo, tic tac, o tempo passa. Volto para casa e percebo que o tempo acabou tendo-me ocupado com a preocupação de o parar.
Tixinha
Para todos os doentes de quem cuidei e para aqueles de quem cuidarei
Preciso tanto de tocar com a minha mão nas tuas e sentir esse calor, essa esperança. Preciso tanto do teu olhar de confiança e cumplicidade capaz de me dar força para aguentar pela vida fora. Preciso tanto de saber que te sou útil e de que a minha presença na tua vida elimina um pouco do sufoco que possas estar a sentir nem que seja simplesmente por um sorriso sincero que trocamos. Preciso de te dizer que está tudo bem porque estou ao teu lado para sofrer um pouco quando a dor for superior ao que é suportável mantendo a calma que te faltará.Preciso de te ver fechar os olhos pela última vez num momento de paz sem dor alguma quando terminar a caminhada. A minha lágrima por ti será derramada depois de partires para que não sintas pena de mim. Preciso de te ver dormir e acordar e de me sentar ao lado do teu leito para te ouvir simplesmente. Sinto tanto a tua falta. Arrasto-me simplesmente, perdi as asas e não sei caminhar, fui anjo na terra numa ilusão passageira que se quebrou de repente. Procuro um rumo, asas novas para voar de novo para junto de ti e te ajudar a sorrir de novo.
Enfermeira tixinha
